Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Lata de Conversas

Lata de Conversas

25
Dez24

Será tempo de parar!?

Paulo L

C0C7FE30-9C20-4838-B23F-D3CF63C9DB14.JPEGPL

 

É vertiginosa a rapidez com que se aproxima 2025.

Ano após ano repetimos promessas, para o ano é que vai ser, mas a volta é sempre de 360º. Ficam palavras esquecidas, frases não ditas, coisas por fazer. Os textos que não escrevi, a música que não ouvi, o filme que não vi e o livro que não li. Esqueço-me, escondido no amor que tenho aos meus filhos e à minha mulher, que lhes digo ao anoitecer, atrás do beijo de boa noite. Não sempre mas amiúde. E deito-me a pensar em tudo aquilo que não fiz.

Talvez seja a altura de não deixar nada por dizer, mas de que valerá?

Cabrita Reis vai fazer uma ponte nos jardins de Serralves, enfim…  Será tão má como Linha do mar?  As músicas da Bárbara Tinoco são todas iguais. E a originalidade dos filmes de Natal perdeu-se no século passado. A Casa dos Segredos tem elevados níveis de audiência e a Cristina Ferreira continua a berrar na TVI.

A mediania e a mediocridade instalaram-se e a futilidade impera. Trocaram-se os livros pelo Facebook e as séries pelo TikTok. As reuniões são on-line e as conversas pelo Whatsapp. As pessoas não se juntam. Beber um copo é fundamental. Trocar ideias, contar piadas, conviver.

Os jovens vêem The Office e Friends, e outras séries com alguns anos. Pergunto-me porquê? E até os Morangos com açúcar perderam toda a virtude. Há agora um fastfood televisivo trazido por qualquer motoreta Ubereats em velocidade estonteante atravessando a mente juvenil da mesma forma como atravessa perigosos cruzamentos e rotundas, deixando o mais sensato perplexo e assustado.

Vêem-se instalações nos museus de arte moderna em que, nem após a leitura exaustiva das explicações, se vislumbra o artístico. E perdem-se as tradições seculares porque já ninguém as transmite aos mais novos. O que eu chamo de “a importância do histórico”. Destrói-se porque não se sabe porque se construiu e o pior, é que nem se quer saber.

Mas ainda bem que não percebo nada de arte. Assim posso dizer todos os disparates que me apetecer.

Ouço Cassandra Kubinsky e Sawyer Fredericks, Burn it down.

É preciso ter um caos dentro de si para gerar uma estrela cintilante.

Sinto o caos, mas não gero a estrela.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub