Hoje gostava de estar em Berlim
Hoje gostava de estar em Berlim.
Imagino o dia quente, um passeio tranquilo, uma cerveja numa esplanada, uma companhia fantástica e uma conversa abrangente e intimista.
Pessoas a circularem, sons e cores. A brisa que assobia morna e terna.
Berlim é agradável e apetecível.
Foi em Berlim que Mendelssohn fez a sua primeira apresentação em público. Tinha 9 anos. E foi entre Berlim e Leipzig que compôs o Concerto para violino e orquestra.
Para mim um dos mais bonitos e, por isso, um dos que mais vezes ouço. Como o de Max Bruch, que também passou por Berlim. Depends on the mood. Noutros dias opto pelo Concerto para violino e orquestra de Tchaikovsky. Quando o mood anda mais estranho ouço o de Philip Glass, que foi o que fiz hoje, interpretado por Gidon Kremer e pela Orquestra Filarmónica de Viena. Vale sempre a pena.
Para alternar com a biografia de Philip Roth ando a ler As pessoas invisíveis de José Carlos Barros que ganhou o Prémio Leya 2021. Curiosamente parte da história é passada em Berlim.
Talvez porque me sinta uma pessoa invisível ou talvez porque tudo me leva a Berlim, hoje gostava de estar em Berlim.