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Lata de Conversas

Lata de Conversas

14
Mai22

Hoje gostava de estar em Berlim

Paulo L

Hoje gostava de estar em Berlim.

Imagino o dia quente, um passeio tranquilo, uma cerveja numa esplanada, uma companhia fantástica e uma conversa abrangente e intimista.

Pessoas a circularem, sons e cores. A brisa que assobia morna e terna.

Berlim é agradável e apetecível.

Foi em Berlim que Mendelssohn fez a sua primeira apresentação em público. Tinha 9 anos. E foi entre Berlim e Leipzig que compôs o Concerto para violino e orquestra.

Para mim um dos mais bonitos e, por isso, um dos que mais vezes ouço. Como o de Max Bruch, que também passou por Berlim. Depends on the mood. Noutros dias opto pelo Concerto para violino e orquestra de Tchaikovsky. Quando o mood anda mais estranho ouço o de Philip Glass, que foi o que fiz hoje, interpretado por Gidon Kremer e pela Orquestra Filarmónica de Viena. Vale sempre a pena.

Para alternar com a biografia de Philip Roth ando a ler As pessoas invisíveis de José Carlos Barros que ganhou o Prémio Leya 2021. Curiosamente parte da história é passada em Berlim.

Talvez porque me sinta uma pessoa invisível ou talvez porque tudo me leva a Berlim, hoje gostava de estar em Berlim.

10
Abr22

Pequenas coisas

Paulo L

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PL

 

Ouvi por acaso, que pena que não tivesse sido por acaso, Little Things de Adrian Berenguer. Confesso, não conhecia. Confesso a minha grande ignorância musical contemporânea. Liguei-me a alguns períodos clássicos, com uma grande preponderância nos concertos para violino e orquestra, abracei algum jazz de fusão, nomeadamente o latin Jazz, em particular o Afro-Cuban jazz, retrocedi para o Traditional New Orleans jazz e daí saltei para o Jazz contemporâneo, se assim se pode chamar. Fui ouvindo coisas diferentes, alternativas, diriam alguns, contemplando sonoridades próprias, diferentes do que se pode enquadrar na música comercial, que enche programas de televisão e dá audiência às rádios, mas que não preenche as mentes inquietas, pelo menos a minha mente inquieta.

Alternando a leitura com a música, conjugando a leitura com a música e passando mesmo por períodos em que nem leitura nem música, esquecendo-me completamente da escrita lúdica, fui ouvir atentamente Berenguer e Immaterial.

Com uma sonoridade preenchida, matizada com tons alegres e melancólicos, chegamos a Little Things com um ternário em valsa rápida como a borboleta que não se deixa fotografar, saltando de flor em flor, cumprindo o seu solitário objetivo, colorindo o cenário com rastos multicolores.

Estou a ler O livro do chá de Kakuzo Okakura. Também o chá passou por diferentes períodos, evoluindo ao longo do tempo. O chá em tijolos era fervido, o chá em pó era batido e o chá em folhas era infundido. A Europa só conheceu o chá no final da dinastia Ming. O Japão, pelo contrário, conheceu o chá nos seus três formatos. Oriundo da China, ficou intimamente ligado ao Japão. Wenceslau de Moraes foi cônsul no Japão e escreveu O culto do chá. Foi-me oferecido há uns bons anos moldando-me o palato e enobrecendo-me o paladar, luxo que pratico nos dias mais frios, sem snobismos já que reservo para os dias mais quentes uma gélida e colorida cerveja.

São estas pequenas coisas que nos resgatam da vida ocupada e eletrizante, mas são também, como Serrat

Son aquellas pequeñas cosas...

Que te sonríen tristes y

Nos hacen que

Lloremos cuando

Nadie nos ve.

15
Jan22

Hoje falámos de música clássica, ou lá o que isso é, e não só

Paulo L

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PL

 

 

Não se fica indiferente ao Duplo Concerto para dois pianos e orquestra de Philip Glass.

Os conceitos musicais são complexos e longe de unanimes. Várias interpretações se têm dado ao conceito de música clássica, não gerando consenso entre os musicólogos.  Acontece o mesmo com o concerto, que varia do combate ao diálogo. Apesar de termos supostamente opostos na sua essência, adaptam-se, ambos, ao conceito que o concerto quer transmitir. Um instrumento e uma orquestra interagem. Complementando-se e contrapondo-se. Os vários períodos musicais vão-se distribuindo por estes dois cenários.

Encontro neste concerto de Glass uma teia complexa em que os dois pianos e a orquestra se assumem como um todo, misturando-se nas suas diferenças e constituindo uma só tela. Um painel único onde conseguimos individualizar cada uma das três partes não obstante a continuidade melódica do conjunto. E é o que Glass transmitiu quando disse que procurava uma dinâmica diferente da do período romântico, vendo a orquestra como uma extensão do piano e não subjugada ao seu domínio. E a conjugação harmónica da orquestra é bem patente. Apesar da fuga arquitetónica do período romântico, não deixamos de estar no romantismo da era moderna, com todas as suas vicissitudes.   

 

Continuo a não perceber nada da mente humana, o que não deixa de ser curioso, uma vez que todas as semanas vejo cérebros. Ou talvez perceba, sem o querer assumir ou aceitar.

 

Enquanto me deliciava a ouvir o concerto de Glass as imagens mentais que fazia eram as dos quadros de Edward Hopper. O que talvez seja um bocadinho antitético. A simbiose musical contrabalança a desconjugação da estética Hopperiana. Pintor da solidão e dos estranhos afetos teve sempre o meu profundo apreço. Soir Bleu, Nighthawks e Two on the Aisleforam sucedendo e entranhando o pensamento. As imagens tradutoras do sozinho rodeado de gente em concerto com a harmonia pianos orquestra.

 

Sim, não se fica indiferente.

12
Dez21

O labirinto do Minotauro ou O devaneio da incerteza

Paulo L

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PL

Não consigo explicar.

A beleza da escrita de Salman Rushdie sempre me fascinou. Poética, suculenta, preenchida de imagens retóricas num arco-íris de sensibilidade e dureza.

Dom Quixote de la Mancha, como é mais conhecido El ingenioso hidalgo Don Quixote de la Mancha, de Cervantes sempre me seduziu. Episódio curioso, que muito admirou um grande amigo, quando me disse, um dia há muitos anos, “escolhe um livro para te oferecer” e eu apareci-lhe com uma versão de bolso em 2 volumes do referido fidalgo da triste figura.

Melhor não poderia ter acontecido, pensei, com a simbiose de Rushdie e Don Quixote, traduzida em Quichotte.

 

Teseu entrou no labirinto para derrotar o Minotauro. Seth traiu Osíris, seu irmão, tendo sido necessária a intervenção Hórus. Lúcifer, transformado em dragão, derrotado pelo arcanjo Miguel. Deus e o diabo. 

O eterno conflito do bem contra o mal. Chris de Burgh cantou-o em Spanish Train– “But above his bed just a waiting for the dead, was the Devil with a twinkle in his eye”.

 

Ben Webster e Oscar Peterson tocam When your lover has gone. O saxofone e o piano numa harmonia constante.

 

Quichotte ainda não resultou. Há um ano que pego e largo o livro. Ainda não passei das primeiras páginas. De certeza que não é do livro.

Quichotte é vítima duma paixão impossível.

A luta constante entre a razão e o coração.  E os olhos vagueiam por tudo o que passa pela frente, sendo que muito vai passando pela frente, da mesma forma que a música vai surgindo errante e desconexa.

 

“Dou-te tristeza, ...,

a oiro no silêncio debruada”

surge num poema de António Franco Alexandre e procuro o que estou a ouvir e que me é desconhecido. Não gostei do título, apenas da música. Percebo que são umas peças orquestrais de Pierre Bertrand. Confesso a minha ignorância com as peças e o compositor. Doi-me saber que se intitulam Divorce.

 

Lembro-me do Jardim Botânico, onde deveria ter ido há muitos anos procurar uma flor. Talvez a flor mais bonita.

 

O pensamento não pára, a alma inquieta tenta perceber o que não consigo explicar.

 

Porque Quichotte não passa das primeiras páginas e porque canta Maria Bethânia porque tu me chegaste sem me dizer que vinhas.

 

 

16
Ago21

Uma mente inquieta

Paulo L

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PL

A menina dos olhos doces voltou a sorrir e eu vi um dos sorrisos mais bonitos do mundo. A playlist tocava um despretensioso jazz vocal misturado com uns blues e umas referências mais “casual”, o fim de tarde assim pedia. Um whisky on the rocks talvez caísse bem.

 

Your voice is still calling me from somewhere back in time ouvia-se na voz de Inger Marie Gundersen que me levou a Cesário e a

 

Teus olhos dizem mais

Que a tua própria carta.

 

Mas se essa carta alguma vez existiu o destinatário não fui eu e a playlist continuou com

I started a joke

Which started the whole world crying

But I didn't see

That the joke was on me, oh no

I started to cry

Which started the whole world laughing

Oh, if I'd only seen

That the joke was on me

 

Vi umas fotografias que tinha tirado durante a manhã, logo após o sol nascer, no frenético, mas tranquilo cenário do regresso, sempre esperado e temido, da faina marítima, entre peixe fresco, gaivotas desesperadamente ansiosas pelos seus quinhões e as tricanas que aguardam o seu sustento antes da debanda para a modernizada lota que substituiu o antigo e tradicional mercado do peixe.

 

Vale a pena ler O Poveiro, onde Santos Graça conta com pormenor e mestria a singularidade do pescador local. Mas, num registo completamente diferente, o pensamento voa para A Sibila da Agustina. Não pelos oráculos dos deuses, as adivinhações, mas pela menina dos olhos bonitos. 

 

Assolam-me a mente e inquietam-me múltiplos e dispares sentimentos, sensações e pensamentos. A inquietude é constante a insatisfação permanente. A playlist parece querer acompanhar este padrão e introduz algumas coisas em português. Dou por mim a ouvir

 

Para de chorar

E dizer que nunca mais vais ser feliz

Não há ninguém a conspirar

Para fazer destinos

Negros de raiz

 

Mas como que por magia ou intervenção das sibilas o salto deu-se do Rui Veloso para Jorge Palma e imaginei-me, tal como na música,

 

Não sei se era maior o desejo ou o espanto

Só sei que por instantes deixei de pensar

 

Mas uma chama invisível não me incendiou o peito. Apenas a nostalgia e a necessidade de avançar. Peguei no livro que comecei ontem, A rota da porcelana de Edmund de Waal. Li as primeiras páginas, certamente levar-me-á a destinos longínquos, por rotas menos turbulentas que os meus pensamentos. Porque é que a minha playlist me traz O erro mais bonito? Se eu pudesse regressar aquele dia. E pudesse voltar a dizer como a Ana Moura

 

Tens os olhos de Deus

E os teus lábios nos meus

São duas pétalas vivas

 

Ouvi até ao fim, com o livro suspenso no colo e os olhos fechados.  Voltei ao texto e à rota das porcelanas, aos ateliers de fino pó branco, moldável e macio onde delicadas peças vão nascendo embelezando estantes, vitrines, montras, escritórios, quartos, salas, casas, palácios e bordeis.

 

É verdade que os sonhos se tornam realidade se pensarmos neles com muita força?

10
Jul21

Requiem

Paulo L

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PL

 

O dia, nascido soalheiro e beijado por uma leve e constante brisa, pedia uma breve pausa no trabalho aturado frente às amargas e secas páginas dum texto que parece sem fim, sem fio e quiçá sem futuro.

 

Sentado na cadeira branca da varanda fechei as pálpebras e deixei descansar os olhos livrando-os quer da claridade do ecrã quer da claridade solar. Tanta coisa podia ter florido no pensamento. A thousand beautiful things, como ouço amiúde Annie Lennox.

Surgiu Berlioz e o seu Requiem. Talvez com algum motivo.

A Grande Messe des Mortse a Orquestra Sinfónica de Boston sob a batuta de Seiji Ozawa e o fabuloso Tanglewood Festival Chorus.

 O peso da obra surge com os violinos iniciais adensando-se com o avanço dos movimentos. A orquestra suspende-se para ouvir a cappelao quinto suave movimento.  A delicadeza do Sanctuspartilhada pela sublime voz de tenor e as cristalinas vozes femininas elevam a grandeza do hino litúrgico, seguindo-se no movimento décimo o Agnus Dei, lento, pesado e pleno de significado.

 

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona nobis pacem.

 

Compositor francês do período romântico, Berlioz é talvez mais conhecido pelas pessoas em geral pelas suas obras sinfónicas Roméo et Julietou a Sinfonia Fantástica.

 

Pareceu-me importante sair do status quo mozartiano do talvez mais conhecido Requiem e abrir as portas a outros menos conhecidos e igualmente maravilhosos.

 

Mas o dia pedia fervorosamente algo diferente.

Ouvi , então, Mark Knopfler “Romeo and Juliet”, talvez com algum motivo...

28
Mar21

Contra mim falo

Paulo L

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Contra mim falo.  Sendo um cidadão comum, igual a tantos outros, sem predicados excepcionais ou algo porque ser reconhecido. Inconscientemente, porque conscientemente estou-me a borrifar, talvez pretenda ter aqui os meus 15 minutos de fama. Numa sociedade onde quase todos querem ser famosos, o protagonismo vai sendo para os que em nada o deveriam ser. A futilidade ocupou os lugares e monopolizou audiências. Assusta-me assistir ao canal publico de televisão a horas sensatas do dia, assusta-me ainda mais assistir aos canais abertos a horas sensatas do dia. Assustam-me as guerras de audiências baseadas no Big Brother. Hoje em dia é politicamente incorreto falar-se de elite cultural, apesar de existir. Mantém-se, por razões políticas, ideológicas e sociais, afastada das luzes dos média, silenciada nos horários nobres. A clara incompetência reinante só sobrevive à custa da ignorância, agora dita aliteracia e outrora iliteracia, duma franja votante cujo único objetivo é a manutenção da subsidiocracia. Mas estou a fugir do tema. A Rita Pereira, por exemplo, tem 1,5 M de seguidores no Instagram. Seguem o quê? As luzes do estádio do Nacional da Madeira? Ou seguem uma geração amorangada que não evoluiu? Mas que proliferou. Este é apenas um de muitos exemplos. As redes sociais estão pejadas deles. O Alta definição teve convidados fabulosos, entrevistas memoráveis. Está reduzido a atores de novelas que falam da sua vida pessoal, das suas relações familiares e dos seus traumas de infância. Por favor, poupem-me a isso, aqueles olhos já nada têm para dizer. Tragam algo de novo, partilhem cultura, partilhem ciência, partilhem conteúdo. Há tanta gente interessante em todas as áreas. Um apelo, deixem o jornalixo e façam o verdadeiro jornalismo. Esqueçam as caras larocas e promovam as mentes brilhantes.  Há-as em muitos lados e, curiosamente, são pessoas de quem não se fala nas revistas nem nas televisões. Que trabalham quase anonimamente sendo apenas reconhecidas entre pares. E que delicia ouvi-las falar. São poemas magistralmente declamados. Enchem-nos a alma. Reservem para as vulgares futilidades apenas o pouco tempo que lhes deveria caber e mudem o paradigma da inconsciência coletiva para uma consciência proactiva do que realmente é importante.  Para ver algum programa mais elaborado e de interesse cultural sou obrigado a praticar horários incompatíveis com o descanso necessário para o laboro diário habitual. Para assistir a algum tipo de informação científica interessante espero semanas por uma ou outra série com interesse. Estou a deixar de parte os canais específicos não massificados propositadamente porque aí procura quem quer. A questão está no dar e não no procurar, está na propositada desinformação, está na ultrajante valorização do fútil e do inconsequente como doutrina a seguir. Na premiação da imagem e não do conteúdo. No estar em vez do ser. Na transformação do acessório no essencial. Foi-se perdendo a capacidade de aprender e o gostar de saber e foi-se ganhando o voyeurismo social como o leitmotiv vivencial.

Tudo isto vem a propósito do Editorial do último numero da revista Electra. Soberbamente escrito e que aconselho fervorosamente a leitura. Não transcrevo passagens do texto porque foi sempre meu propósito nunca o fazer aqui, relativamente a tudo o que vou falando, livros, musica, comentários. Foi sempre minha intenção falar nas coisas e deixar que o leitor as procure. Mas não posso estar mais de acordo com o que lá está escrito.

 

 

14
Nov20

Shostakovich e a Covid-19

Paulo L

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PL

 

 

Chove!

São lágrimas, Senhor!

Lágrimas deste planeta que sofre, deste planeta já sofrido por inúmeras agressões.

Mas agora o choro é mais forte. A humanidade sofre castrada da sua essência. Mutilada daquilo que lhe é importante, do estar, do conviver. A ausência do toque. O toque é uma das necessidades básicas. Não existimos sem toque, sem troca, sem sentir o calor na nossa pele. O abraço. É tão bom o abraço! Como sinto a sua falta, como sofro por não poder abraçar, como sofro por não ser abraçado. O afecto surge de formas diferentes, de formas impessoais. Gestos, mensagens, trocas de olhares. E o abraço, Senhor? Porque nos falta o abraço? Porque o toque é caloroso, o toque é protector, o toque transmite tudo o que tem que dizer, o toque diz tudo que tem que transmitir.

A destruição pandémica do toque é a destruição do afecto. Não há um novo normal. O “novo normal”, dizem os anormais. Anseio o normal porque não há um novo normal. Somos obrigados a viver o anormal à espera do normal que vai acontecer. Pode demorar mas vai voltar. Desenganem-se os arautos do novo normal. Estes novos profetas que não sabem do que falam. Não sentem, não sabem sentir. Expressam sentimentos nas redes sociais. São despersonalizados. Preferem relações à distância, mesmo que fisicamente juntos. O telemóvel é o objecto de transição. Falam por sms e tweets. Não trocam afectos. São assexuados. Felizes? Não, tristes nas suas pobres felicidades. É uma ambivalência destruidora. Por isso chove e são lágrimas, Senhor!

Se tivesse que associar uma música à Covid-19 talvez associasse o Concerto de Piano nº 1 de Shostakovich. A ambivalência do piano com o trompete é a ambivalência de sentimentos, que tanto convergem como pouco depois se afastam. É a vontade de tocar com a necessidade de o não fazer. A leveza e doçura melódica penetra no ouvido como o suave toque que falta à pele. A alternância com os elementos dramáticos que mimetizar o sentimento humano no duro período pandémico, contudo com uma constante alegria de esperança de que tudo vai ficar bem.

 

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